Nossa História

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( Lc 18,27 )

Histórico Oficial da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora Eunápolis-BA

Celebrar 40 anos da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora é celebrar a própria trajetória do povo de Deus presente em Eunápolis, marcada por fé, dedicação missionária e compromisso social. A história desta paróquia se entrelaça com a origem do município, cuja formação se iniciou na década de 1940, quando surgiram as primeiras casas do povoado que, décadas depois, se emanciparia aos 12 de maio de 1988.

O marco inicial da presença da Igreja Católica no Povoado de Eunápolis, se dá em 1950, com a celebração da primeira missa campal na Estrada da Colônia, celebrada pelo Pe. Emiliano Gomes Pereira, vigário de Porto Seguro à época. Nos anos seguintes, com as obras de construção da BR 101, veio de Salvador com sua família para o povoado que depois viria se chamar “64”, o Sr. Luiz Carlos Lima Vaz, trazendo consigo uma imagem de Nossa Senhora Auxiliadora cuja devoção foi difundida pelos padres salesianos no colégio situado no bairro de Nazaré na Capital, onde tinha sido aluno. Chegando no povoado, começou a rezar o santo terço com os operários envolvidos nas obras e, em 1957, comprou um terreno para construir a primeira capela de Nossa Senhora Auxiliadora que foi inaugurada em 31 de maio de 1959 pelo Pe. Sebastião Alves, sacerdote salesiano.

Em 1962, os Frades Capuchinhos chegam ao povoado. De 1962 a 1963, foi construída uma capela maior para atender melhor a comunidade católica local. Em 1966, começou a construção de outra igreja, ao lado da capela, que viria ser a futura Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora. Esta foi aberta ao público aos 20 de maio de 1971.

Aos 08 de dezembro de 1985 por decreto do então Bispo Diocesano de Teixeira de Freitas-Caravelas, Dom Fr. Antônio Eliseu Zuqueto OFMcap. (In memoriam) foi erigida a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora cuja área geográfica foi desmembrada parcialmente da paróquia de Santa Cruz de Cabrália e parcialmente da paróquia de Porto Seguro e foi constituída, além da zona urbana, pelos núcleos de Vera Cruz, Mundo Novo, Gabiarra, Colônia e pelas outras comunidades menores existentes na mesma região. No dia 24 de fevereiro de 1986, foi dada a provisão ao primeiro pároco, Frei Giuseppe Iacoviello (Frei Benigno), OFM Cap, cuja posse ocorreu em 16 de março de 1986 em missa solene presidida por Dom Zuqueto. O primeiro novenário e festa em homenagem à Padroeira Nossa Senhora Auxiliadora aconteceu de 15 a 24 de maio de 1986, encerrando-se uma procissão e coroação da imagem da Padroeira.

Em 12 de junho de 1996, o Papa São João Paulo II, através da Bula Apostolicum Munus, cria a nova Diocese de Eunápolis, com território desmembrado da Dioceses de Teixeira de Freitas-Caravelas e Itabuna, estando a Catedral e residência episcopal na cidade de Eunápolis, e nomeando o Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom José Edson Santana Oliveira, seu primeiro Bispo Diocesano. Aos 15 de maio de 2002, o mesmo Bispo Diocesano reinaugura a catedral, dedicando seu altar e abençoando as 12 cruzes das colunas com os nomes dos apóstolos, numa santa missa solene com participação de numerosos fiéis.

Desde 1985, estiveram no pastoreio do Povo de Deus os reverendíssimos sacerdotes: Pe. Frei Giuseppe Iacoviello (Benigno) OFM Cap (1986), Pe. Reinaldo Reis de Oliveira (1997), Pe. Ademir Antônio Gramelik (1998), Pe. Valdemir Silva dos Santos (2002), Pe. Eclério Batista de Paula (2004) e o Pe. Alessandro Almeida Colen (2012). Além dos vigários: Pe. Reginaldo Nascimento de Souza (1998), Pe. Túlio Cintra de Oliveira (2000), Pe. José Carlos Parmagnani (2003), Pe. Francisco Pereira Saraiva (2008), Pe. Damião Alves de Araújo (2008) e Pe. Fr. Givanildo Lovo Pires (2009). Atualmente, o Pároco e Cura da Catedral é o Revmo. Pe. Diego Oliveira Reis, que foi empossado aos 08 de janeiro de 2021 e conta com dois clérigos auxiliares: o Revmo. Pe. Rui Marques Santos de Oliveira (Vigário Paroquial desde 2023) e o Diácono José Luiz Alencar Gomes (provisionado em 2025).

No presente momento, a Paróquia possui 2 comunidades: Santa Terezinha, no bairro Edgard Trancoso e Cristo Rei, no bairro Vivendas Costa Azul. Conta com 2 conselhos: CAE (Conselho de Assuntos Econômicos) e CPP (Conselho Pastoral Paroquial); 12 pastorais: Batismo e Catecumenato de Adultos, Catequese, Caridade, Liturgia, Dízimo, Familiar, Música, Coroinhas, Comunicação, Pessoa Idosa, Universitária e Judiciária; 2 comissões: Predial e Patrimonial; 2 associações: Apostolado da Oração e Mães que Oram; 1 Movimento da Divina Misericórdia; 3 serviços: Encontro de Casais com Cristo, Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística e Curso de Noivos; 6 grupos: São João Paulo II, Terço dos Homens, Amor Corajoso, Filhos de Maria, Mulheres do Alto e Guardiões. Conta ainda com mais de 30 anos de colaboração missionária da Comunidade Católica Shalom.

Nestes 40 anos de existência, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora tornou-se um verdadeiro farol de evangelização, acolhimento e transformação social na cidade de Eunápolis. Fiel ao exemplo de Maria, Mãe da Igreja, segue sendo presença viva de Cristo no meio do povo, guiando-o no caminho da fé, da esperança e da caridade.

Estrutura da Paróquia

Atualmente, exercendo a função de Pároco e Cura da Catedral, está o Revmo. Pe. Diego Oliveira Reis, desde  1º  de Janeiro de 2021.

Em 2022, a Paróquia conta com 2 comunidades: Santa Terezinha, no bairro Edgard Trancoso, e Cristo Rei, no bairro Vivendas Costa Azul. 

A Paróquia possui ainda:

  • Conselhos: CAE e CPP;
  • Pastorais: Batismo, Catequese, Caridade, Liturgia, Dízimo, Familiar, Música, Comunicação, Pessoa Idosa, Judiciária e Noivos;
  • Movimentos: AMO (mães que oram)  e Divina Misericórdia, Apostolado da Oração;
  • Serviços:   Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, Encontro de Casais com Cristo;
  • Grupos: Coroinhas, São João Paulo II, Terço dos Homens, Amor Corajoso e Guardiões, Mulheres do Alto e Pró Vida.

A Paróquia conta ainda com a colaboração missionária das Comunidades Católicas Shalom e Cristo Rei.

História da Devoção a Nossa Senhora Auxiliadora

Esta invocação mariana tem suas raízes em 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lançou seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, organizou uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.

A vitória aconteceu em 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem, acrescentando nas ladainhas lauretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos.

No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816 pelo Papa Pio VII, após um novo episódio de intercessão da Santa Mãe de Deus. Napoleão I, ao tentar dominar os Estados Pontifícios, sequestrou o Vigário de Cristo e o levou para a França. O Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona caso fosse libertado.

O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo humilhações. Quando Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, Pio VII voltou a Savona para cumprir sua promessa. Em 24 de maio de 1814, ele entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral.

Para marcar seu agradecimento, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.

Fundação da Diocese e Festa da Padroeira

Em 12 de junho de 1996, o Papa João Paulo II, através da Bula Apostolicum Munus, criou a nova Diocese de Eunápolis, desmembrando-a da Diocese de Teixeira de Freitas, Caravelas e Itabuna. A Catedral e a residência episcopal foram estabelecidas na cidade de Eunápolis, nomeando o Dom José Edson Santana Oliveira como seu primeiro Bispo Diocesano.

O primeiro novenário e festa em homenagem à Padroeira Nossa Senhora Auxiliadora aconteceu entre 15 e 24 de maio de 1986, encerrando-se com a procissão e a coroação da Santa. Desde então, a Festa da Padroeira tornou-se um marco na cidade, reunindo famílias de Eunápolis e de toda a Diocese. Durante os dez dias de festividades, há quermesses com comidas típicas, brincadeiras para crianças e apresentações musicais.

Desde a criação da Paróquia em 1985, estiveram à frente do pastoreio os seguintes sacerdotes:

  • Pe. Frei Giuseppe Lacoviello (Benigno) OFMCap (1985)

  • Pe. Fr. Adesi
  • Pe. Reinaldo Reis de Oliveira (1997)

  • Pe. Ademir Antônio Gramelik (1998)

  • Pe. Valdemir Silva dos Santos (2002)

  • Pe. Eclério Batista de Paula (2004)

  • Pe. Alessandro Almeida Colen (2012)

  • Pe. Diego Oliveira Reis (2021)

    Além dos vigários:

  • Pe. Reginaldo Nascimento de Souza (1998)
  • Pe. Túlio Cintra de Oliveira (2000)
  • Pe. José Carlos Parmagnani (2003)
  • Pe. Francisco Pereira Saraiva (2008)
  • Pe. Damião Alves de Araújo (2008)
  • Pe. Givanildo Lovo Pires (2009)
  • Pe. Rui Marques Santos de Oliveira (2023)

Significado do Brasão

No brasão da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, figuram três elementos da Heráldica Eclesiástica:

  1. A Cruz (chamada Cruz Hastil);

  2. O Escudo;

  3. O Listel (a faixa que circunda o brasão).

Além disso, há um quarto elemento, por causa da padroeira: uma coroa real imperando sobre o brasão e abaixo da cruz.

  • A CRUZ HASTIL: Lembra a cruz processional que antecede as procissões da Igreja. Representa o seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que direciona e guia a Paróquia. É feita de jalde (ouro), simbolizando a realeza e o poder de Cristo.

  • A COROA: De jalde (ouro), cravejada de pedras em goles (vermelho) e sinople (verde), simboliza a coroa de Nossa Senhora Auxiliadora. Maria é Rainha por causa da realeza de seu Filho Jesus Cristo, Rei do Universo e dos corações dos homens.

  • O ESCUDO: Com bordadura de blau (azul) e estrelas de jalde (ouro), remetendo ao manto de Nossa Senhora. No centro, há um campo de goles (vermelho), contendo no chefe uma estrela de argento (prata) com seis raios, simbolizando Maria como “Stella Matutina” – Estrela da Nova Evangelização.
    O escudo traz ainda duas cruzes dispostas em faixa e uma cruz maior no centro, sobre um manto azul, perfilado de prata. As cruzes representam os cristãos que têm o auxílio de Nossa Senhora, tanto na vida espiritual quanto temporal, sendo essenciais para a salvação das almas. Além disso, simbolizam a Santíssima Trindade e também as três caravelas do Descobrimento do Brasil: Santa Maria, Pinta e Nina, que trouxeram os primeiros evangelizadores ao país.
    O brasão é ladeado por dois anjos suportes em jalde (ouro), simbolizando o amor e a reverência celeste à Mãe do Senhor.

  • O LISTEL: Em argento (branco), com reverso em blau (azul), traz em sable (preto) a identificação literal da Paróquia e da cidade onde está situada.